psicopedagogia

Você sabia que brigas constantes entres pais podem deixar as crianças emocionalmente inseguras?

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Pesquisadores norte-americanos acompanharam o desenvolvimento de crianças em 235 famílias durante sete anos para descobrir quais efeitos as brigas entre os pais teriam sobre elas. A conclusão foi a de que os filhos de casais que estão em constante “pé de guerra”, e brigam de forma agressiva, têm mais chance de serem emocionalmente inseguros quando adolescentes, enfrentando problemas como depressão e ansiedade. Segundo a psicanalista Vera Blondina, do Centro de Referência da Infância e Adolescência da Unifesp, a maior probabilidade de uma briga causar prejuízos à criança é quando os pais manifestam violência, tanto física quanto psíquica. “Fazer o outro passar vergonha, colocá-lo em posição inferior ou usar nominações pejorativas como ‘burra’ é muito ruim. Essas situações presenciadas pelo filho fazem com que ele tenha receio de que vai perder um dos pais”, diz.
O outro lado da discussão
Sim! Pode parecer estranho para você, mas se a discussão for saudável, em que cada um expõe seu ponto de vista para chegar a um ponto em comum, sem agressões físicas ou ofensas dirigidas, ela pode agregar valores para a criança. Afinal, é no ambiente doméstico que ela aprende a se relacionar, a lidar com conflitos, frustrações e diferenças. “Os pais educam por meio do exemplo.
É nesse momento também que a criança percebe que as relações humanas são permeadas por conflitos, mesmo entre pessoas que se amam. Isso elimina aquele estigma de que só briga quem se odeia.Bom senso
Para que os desentendimentos entre você e seu marido não sejam prejudiciais para o seu filho é preciso maturidade. Nem tudo deve ser conversado na frente da criança.
Fonte: Marcela Bourroul (Revista Crescer)

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Liberdade exige responsabilidade em conhecer-se

O que leva a pessoa a manter-se numa posição de insatisfação? Insatisfação no emprego, relações, vida pessoal, profissional, funcionamento destrutivo, etc? Poderíamos dizer que isso é liberdade?

Livre por manter-se preso, ou infeliz por estagnar-se? Como funciona essa liberdade em viver a realizar determinados atos que não quer fazer?

Para entendemos melhor essa concepção de liberdade retomo os conceitos de Sartre , essa liberdade em sua teoria é um conceito ontológico, ela é definidora da realidade humana. Nessa concepção a liberdade não é algo a ser conquistado pelo homem, ela faz parte da realidade. Para Sartre o homem é a liberdade, essa liberdade é algo a ser exercido e não conquistado .”Ela está inteiramente abandonada, sem nenhuma ajuda de nenhuma espécie, entregue a sua insustentável necessidade de se fazer ser até os mínimos detalhes. Assim, a liberdade não é um ser: ela é o ser do homem, ou melhor, seu nada de ser. (…)“. (Sartre 1943, p. 516 )

Essa liberdade gera angústia, pois ela exige responsabilidade. Exige escolhas e renúncias . Um indivíduo que escolher estagnar-se por medo de falhar, ou decide nada escolher, ele já fez uma escolha e não estará livre da angústia e das responsabilidades desta. “( O homem não poderia ser ora livre e ora escravo: ou ele é inteiro e sempre livre ou não o é. (Sartre 1943, p. 516).

Em Psicanálise a liberdade é um termo difícil e complexo, ao falar em liberdade direciono-me ao inconsciente onde este se abre a liberdade . Pois o pensar conduziria a liberdade. Como no caso das histéricas de Freud, ele fez um grande avanço nesse sentido ao ver a relação da histeria com a sexualidade infantil, fazendo com que a sociedade se libertasse do mito concernente à sexualidade. Em seu livro “O Mal estar da civilização” a liberdade é enfatizada em duas vertentes: a primeira está ligada à civilização que se revolta com as injustiças objetivando o seu aprimoramento; a segunda se confronta com o desenvolvimento da civilização (personalidade original), na medida em que resiste ela se alia aos processos de pulsão de morte, tendo como consequência os mecanismos de agressividade. “Podemos, portanto, localizar a liberdade apartada no nível da realização pulsional e também na própria constituição do sujeito, uma vez que seu superego pressiona, não permitindo liberdade, nem ato e nem desejo, configurando-se como uma autoridade interna que agencia o sentimento de culpa. Que não é sentida como tal, parte permanece inconsciente, enquanto a outra aparece sob forma de mal-estar. “( p.04 Breder 2010). Para Freud os homens pagam um preço ao avançarem, seus avanços não conciliam com a felicidade, os seus sentimentos de culpa supressionam a liberdade.

A concepção de liberdade torna-se difícil pois depende de qual ponto teórico irá tomar como ponto de partida.

No livro Psicanálise e liberdade – a analise como processo de emancipação, Freud mostra a necessidade da insubordinação ou a doença psíquica como privação da liberdade interior. A liberdade estaria relacionada ao processo de cura.

Referências:

Schneider,Daniela Ribeiro Liberdade e dinâmica psicológica em Sartre.Nat. hum. v.8 n.2 São Paulo dez. 2006

 

SARTRE, Jean-Paulo. O ser e o nada: ensaio ontologia fenomenologia. Petrópolis. Vozes. 1943

 

GAIARSA, Andre. Psicanálise e Liberdade: análise dos processos de emancipação. Editora Zangodoni. 2013

Tatiane Navega

Psicóloga

Psicologia crianças

Ludoterapia

A ludoterapia é uma das principais ferramentas utilizada por profissionais da psicologia e da psicopedagogia que tem como objetivo compreender o mundo da criança. É através da brincadeira que a criança irá manifestar seu conteúdo interno, suas angústias, medos, anseios , dificuldades escolares e emocionais . O brincar para criança é a forma de realizar-se e apropriar-se do mundo. Para Winnicott, é no brincar que o sujeito poderá expressar sua criatividade e descobrir o seu self. O brincar na visão psicanalítica possibilita a comunicação do sujeito consigo e com o outro .

“Minha descrição equivale a um pedido a todo terapeuta para que permita a manifestação da capacidade que o paciente tem de brincar, isto é, de ser criativo no trabalho analítico. A criatividade do paciente pode ser facilmente frustrada por um terapeuta que saiba demais. Naturalmente, não importa, na realidade, quanto o terapeuta saiba, desde que possa ocultar esse conhecimento ou abster-se de anunciar o que sabe (WINNICOTT, 1975, p. 83-84).”

Para Klein é através das brincadeiras que a criança revelará suas fantasias inconscientes , o brincar por ser livre possibilita a criança manifestar seus conteúdos de forma espontânea, diminuindo o sofrimento causado pelos conflitos interno, com isso possibilitará o fortalecimento do ego.

“A criança joga (brinca), para expressar agressão, adquirir experiência, controlar ansiedades, estabelecer contatos sociais como integração da personalidade e por prazer.” Winnicott.

Tatiane Navega

Psicóloga/Psicopedagoga

Psicologia

Você sabe o que é Psicoterapia?

A psicoterapia é uma ferramenta utilizada por psicólogos que tem como objetivo promover a saúde mental através do autoconhecimento. O processo é feito através do sigilo estabelecido na relação terapeuta e paciente. Esse sigilo é assegurado sob o código de ética  do Art. 9º -” É dever do psicólogo respeitar o sigilo profissional a fim de proteger, por meio da confidencialidade, a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, a que tenha acesso no exercício profissional.”

Utiliza-se de instrumentos científicos para diagnosticar, interpretar, planejar e  intervir. Ajudando as pessoas a superarem e gerenciarem problemas de relacionamento, ansiedade, estresse, medo, depressão, distúrbios alimentares, abuso de substâncias, psicoeducação de filhos entre dezenas de outros, além de ajudar aquelas pessoas que desejam aumentar seu nível de autoconhecimento. O atendimento com crianças é feito de forma lúdica, com materiais adequados a faixa etária do paciente. Cada psicólogo atuará dentro de uma abordagem: Psicoterapia Breve  Analítica, Terapia Comportamental, Gestalt Terapia, etc.

Existem diversas abordagens utilizadas em psicoterapia. A utilizada em meu atendimento é a Psicoterapia Breve Analítica.  Ela é uma psicoterapia focada na queixa trazida pelo paciente. Ela é considerada uma psicoterapia psicodinâmica pois  tende a ser menos intensa e mais breve,  ela privilegia a dinâmica da relação paciente/terapeuta num ambiente seguro, de total aceitação e empatia. “O principal critério é a motivação do paciente para o insight, sendo também importante a capacidade para delimitar o foco” (Eizirk e Colaboradores. 2014. p 43. )

Esta abordagem terapêutica assenta-se na ética científica, baseia-se no amor à verdade, assegurando que esta relação terapeuta e paciente seja autêntica. É importante que  o paciente esteja motivado a buscar de forma espontânea o tratamento, que durante o tratamento possa reconhecer a natureza psicológica de seus problemas, assumindo assim a responsabilidade em motificá-los. É importante que haja um engajamento não só do terapeuta mas do paciente. Esta nova percepção promove na pessoa um maior autoconhecimento e uma maior tomada de consciência de como gerenciar a sua relação consigo própria e com os outros.

A relação estabelecida entre terapeuta e paciente deve ser uma relação de aliados. “Todas as psicoterapias dependem do estabelecimento de uma aliança de trabalho, uma relação com objetivo de realizar uma determinada tarefa.”( Eizirk e Colaboradoresp.2014 p.58)

 Entre os benefícios desta abordagem terapêutica, uma condição determinante para o tratamento é:

  • A presença de sofrimento psíquico é uma precondição para que exista motivação para o tratamento.” (Eizirk e Colaboradores. 2014. p.56).

Os sintomas podem manifestar-se sob:

  • Ansiedade, depressão, alterações fisiológicas (sono, alimentação, motricidade, sexualidade).
  • Prejuízos na vida adaptativa, através de limitações ou incapacidades à vida profissional, relações interpessoais e vida afetiva.

Para sintomas crônicos e incapacitantes utiliza-se  um enfoque predominantemente de apoio nos casos de : Fobias, obsessões, compulsões e somatizações.

A psicoterapia não tem um prazo determinado, ela dependerá da demanda interna de cada paciente.

“O que não vira fala, vira sintoma.”

Não é

Referências:

EIZIRIK, C. L.; AGUIAR, R. W.; SCHESTATSKY, S. S. (Org.). Psicoterapia de orientação analítica: fundamentos teóricos e clínicos. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

Marque uma consulta.

contato:  navegapsicologia@gmail.com    (45) 99821-2692

Tatiane Navega

Psicóloga-Psicopedagoga

CRP 08/25376