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Dismorfia Corporal Você sabe o que é?

Muitos já ouviram falar sobre anorexia, bulimia e outros transtornos alimentares. E a Dismorfia Corporal você conhece?

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A dismorfia corporal é caracterizada pela insatisfação corporal de forma inadequadamente exagerada. Algumas pessoas por não se considerarem dentro dos padrões sociais expressam comportamentos exagerados pela busca do “corpo ideal”. Costumam-se fixar em pontos específicos do corpo como: “não gosto do meu quadril, não gosto do meu nariz, minhas coxas são muito grossas, etc”. Geralmente o sentimento de insatisfação com o corpo inicia-se com queixas categóricas até estenderem-se para a insatisfação total do corpo.
Em alguns casos, algumas pessoas recorrem a cirurgias, utilizando desses recursos reparadores de forma abusiva. Outras se afastam do convívio social por considerarem-se inadequados. Como essa insatisfação é interna, e está ligada a uma insatisfação inconsciente, esta relação, sujeito e o corpo é simbólica. O indivíduo mesmo recorrendo a recursos invasivos na busca de alcançar o corpo ideal, continuará insatisfeito.
O diagnóstico para Dismorfia Corporal pode ser confuso, pois quem desconhece o transtorno poderá confundir com excesso de vaidade, ou esbarrar-se no diagnóstico do transtorno da Vigorexia.
Esse tema deve ser levado a sério, devemos estar atentos, esse transtorno afeta diretamente a autoestima da pessoa e sua relação com o mundo.
Segundo DSMV- a Dismorfia Corporal é caracterizada por:
* preocupação com um defeito na aparência (Critério A). O defeito é imaginado ou, se uma ligeira anomalia física está presente, a preocupação do indivíduo é acentuadamente excessiva (Critério A).
* preocupação deve causar sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo (Critério B). A preocupação não é melhor explicada por outro transtorno mental (por ex., insatisfação com a forma e o tamanho do corpo na Anorexia Nervosa) (Critério C).
* As queixas geralmente envolvem falhas imaginadas ou leves na face ou na cabeça, tais como perda de cabelos, acne, rugas, cicatrizes, marcas vasculares, palidez ou rubor, inchação, assimetria ou desproporção facial, ou pêlos faciais excessivos.
* Outras preocupações comuns incluem o tamanho, a forma ou algum outro aspecto do nariz, olhos, pálpebras, sobrancelhas, orelhas, boca, lábios, dentes, mandíbula, queixo, bochechas.”

O indivíduo que sofre desse transtorno costuma agir de forma obsessiva em relação à sua aparência, como forma de camuflar a sua “imperfeição” acaba adquirindo habitos como: checar sua aparência no espelho repetidamente, escovar execivamente o cabelo, exagerando nos cuidados diários. Esse transtorno costuma apresentar outras comorbidades como: depressão, abuso de bebidas alcoólicas, anorexia, bulimia, entre outros.
O tratamento para esse transtorno é feito de forma conjunta com a psiquiatria e a psicoterapia.

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